8 dicas para comprar apartamento e não se endividar

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Ter o apartamento próprio é um sonho comum entre muitos brasileiros. Apesar de ser um bem de alto valor, é possível conquistá-lo ainda jovem. Agora, se você está se perguntando como comprar apartamento sem se endividar, saiba que será preciso se esforçar um pouco, principalmente com relação à parte financeira da sua vida.

Isso é necessário porque, como a maioria das pessoas não tem um valor disponível para comprar o bem à vista, o financiamento se torna o principal meio de aquisição. Então, alguns cuidados serão necessários para que você não fique endividado no meio do caminho, correndo o risco de perder o imóvel.

Mas não se preocupe. Neste post, trouxemos 8 dicas para comprar apartamento e não se endividar. Após a leitura, você poderá se organizar e elaborar um planejamento para não passar aperto no orçamento doméstico. Continue acompanhando!

1. Comece a poupar agora e faça uma renda extra para aumentar os ganhos

O primeiro passo que você deve dar para realizar o sonho do apartamento próprio é controlar melhor o dinheiro que você ganha e gasta. Faça uma lista de todas as suas despesas mensais — até das mais insignificantes — e determine quais são prioridade (água, luz, telefone, supermercado, padaria etc.) e o que é supérfluo (barzinho, viagens, lojas de roupas, entre outros gastos).

A ideia é que você corte os supérfluos ou, pelo menos, os reduza. Depois, foque nas prioridades e busque maneiras de economizar no consumo. A internet está cheia de dicas valiosas sobre isso. Só com essa atitude você já consegue economizar um bom dinheiro no seu orçamento.

Agora, você pode se dedicar a aumentar suas receitas. Algumas dicas são:

  • negocie e faça horas extras todo mês em seu trabalho;
  • se você trabalha com vendas, pesquise e desenvolva novas estratégias para vender mais e melhorar suas comissões;
  • especialize-se para ser promovido no emprego ou conseguir outro com um cargo melhor;
  • trabalhe nas horas vagas. Se você tem uma habilidade extracurricular, desenvolva-a e ofereça seus serviços pela internet ou fora dela para ganhar um dinheiro extra.

Com uma motivação tão grande quanto a compra do primeiro apartamento, você encontrará forças para fazer coisas além do que sabia que podia. Use essa energia a seu favor.

2. Faça uma poupança para oferecer um bom valor de entrada

Assim que começar a sobrar dinheiro no seu orçamento, abra uma conta-poupança, separada das suas outras contas, para reunir um montante. Evite guardar o dinheiro em casa, pois o risco de furto é grande e você pode autossabotar o planejamento financeiro devido ao fácil acesso, além da desvalorização diante da inflação.

Na poupança, seu dinheiro ficará mais seguro e o banco pagará um rendimento mensal capaz de corrigir o montante, cobrindo a inflação e não deixando que o dinheiro perca o poder de compra.

Esforce-se para que as sobras do seu orçamento sejam sempre as maiores possíveis e deposite o valor mensalmente na conta enquanto pesquisa o apartamento que você deseja comprar e a forma de pagamento que vai usar.

Em alguns meses ou anos, dependendo do valor depositado mensalmente, você terá um bom montante na poupança. Utilize de 50% a 80% dele para oferecer de entrada na compra do apartamento. Quanto maior for a entrada, menor será o restante financiado — isso quer dizer que você ficará menos tempo preso a um financiamento e pagará menos juros na operação.

3. Aplique parte das economias em investimentos de renda fixa

Se você é daqueles que não querem se prender a um compromisso de longo prazo, como um financiamento de anos, deve ser um ótimo poupador para realizar compras à vista. Isso é bom, mas, além do esforço e da disciplina, é preciso ter estratégias para conseguir rendimentos melhores que o da poupança e alcançar o seu sonho mais rapidamente.

Algumas dessas estratégias são os investimentos em CDBs (Certificados de Depósito Bancário), Tesouro Direto e Fundos DI, desde que tenham liquidez diária para facilitar o acesso. Apesar de incidir a cobrança de Imposto de Renda sobre os ganhos, o rendimento ainda é superior ao da poupança e vale a pena no longo prazo.

Tente balancear as contas, mantendo 20% do seu montante na poupança e 80% diversificado entre as outras modalidades de renda fixa.

4. Planeje o orçamento para pagar as prestações

Depois de juntar um bom valor para dar de entrada no apartamento, continue se esforçando para ganhar mais e economizar nos gastos. Se você vai optar por financiar o valor restante do imóvel, saiba que as prestações podem pesar muito no orçamento e se tornar uma dor de cabeça com o tempo.

Então, para não se endividar e passar sufoco, o ideal é manter um controle rigoroso das contas para encaixar o valor das prestações no orçamento sem comprometer o pagamento de outras dívidas. De quebra, pode sobrar um dinheirinho para continuar acumulando.

Assim, você quita o apartamento e aumenta seus investimentos ao mesmo tempo. Se algum imprevisto acontecer, como a perda do emprego, você terá uma reserva financeira suficiente para continuar os pagamentos até resolver a situação.

5. Use parte do seu FGTS para abater o valor

Se você estiver empregado com carteira assinada, pode utilizar parte do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para oferecer de entrada no imóvel. Além disso, a cada dois anos você pode utilizá-lo novamente para quitar as parcelas do financiamento.

Esse é um bom recurso para comprar apartamento financiado sem se endividar no processo. Você só precisa conversar previamente com o gerente do banco para conseguir a autorização necessária.

6. Pesquise bem as alternativas de crédito

O mercado está cheio de opções de crédito. Antes de entrar em um financiamento, pesquise bem as instituições. Considere as que oferecem taxas de juros mais baixas, bem como um prazo suficiente para que as prestações não fiquem tão altas. Avalie também quais realmente têm autorização do Banco Central para atuar no mercado de maneira confiável e analise o CET (Custo Efetivo Total) para enxergar custos que não ficam visíveis na negociação.

Também é importante analisar a forma de amortização. Hoje, existem duas maneiras mais utilizadas:

  • Tabela Price: o valor da prestação é sempre o mesmo;
  • Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante): o valor da prestação começa alto e vai diminuindo com o tempo.

7. Faça um consórcio

Se você não tem tempo e disciplina para juntar e investir seu dinheiro por conta própria e, ainda assim, não quer entrar em um financiamento, pode optar pelo consórcio. Nessa modalidade, você paga mensalidades fixas a uma administradora que cuidará do seu dinheiro por você. É como se fosse uma poupança forçada.

Aqui não há cobrança de juros, apenas taxas de administração, de seguro e de fundo de reserva. Mas, mesmo somadas, as taxas não chegam perto dos juros cobrados em um financiamento. Além disso, você pode dar lances e ser sorteado antes do fim do pagamento, sendo contemplado com o bem desejado muito antes do previsto.

8. Faça um financiamento

Se nenhuma das opções anteriores parece adequada para você, talvez um financiamento seja o melhor caminho para conseguir realizar o sonho da sua casa própria. Existem diversas modalidades para o financiamento, certamente uma delas se encaixará exatamente no que você precisa.

O financiamento é um tipo de comercialização de imóveis que ganhou muita força nos últimos anos, principalmente com o lançamento de programas como o Minha Casa Minha Vida e outras facilidades de aquisição de crédito para esse fim.

A Caixa Econômica Federal — principal banco estatal brasileiro — e o Banco do Brasil são as instituições mais procuradas para a realização de financiamentos de imóveis.

Para ajudá-lo a entender melhor esse processo, separamos abaixo os principais passos necessários para conseguir um financiamento pela Caixa e, finalmente, saber como comprar um apartamento nesses moldes.

Escolha o imóvel

O primeiro passo é escolher o imóvel que você deseja adquirir. Isso pode ser feito por conta própria ou pela escolha de empreendimentos que têm como objetivo comercializar por financiamento.

Junte a documentação

Após a escolha do imóvel, é hora de reunir todos os documentos exigidos pela Caixa. Essa etapa é essencial, mas não é muito complexa. Você precisa apenas de alguns documentos seus, do vendedor e do próprio imóvel.

Para as partes envolvidas, basta CPF, RG e comprovante de endereço. No caso do comprador, ou seja, você, também é preciso apresentar o comprovante de renda.

O único documento do imóvel exigido pela Caixa é a matrícula atualizada na prefeitura, que você consegue facilmente em qualquer cartório de registro de imóveis da sua cidade.

Submeta o pedido para análise

Com tudo em mãos, é hora de dar entrada no pedido de financiamento. Isso pode ser feito pessoalmente, em uma agência próxima ou, então, por meio de empresas imobiliárias que atuam como correspondentes da Caixa.

Geralmente, a segunda opção costuma ser a mais indicada, uma vez que esses profissionais podem auxiliar no processo de documentação e nas etapas subsequentes.

Aguarde a análise da Caixa

Depois que tudo foi feito e o pedido está em análise, não resta mais nada a fazer, a não ser esperar o resultado. O tempo de análise por parte da Caixa é muito variável, sendo impossível fazer uma previsão com exatidão. Há casos em que o pedido é aceito em apenas algumas semanas, enquanto em outros é preciso aguardar vários meses para ter um retorno da instituição.

Esse processo consiste na análise de crédito, em consultas ao Banco Central e à Receita Federal, além de qualquer outro estudo que a Caixa julgar necessário.

Ao fazer um pedido de financiamento, você não pode ter nenhum tipo de pendência com essas instituições e, geralmente, quem vende também deve estar com tudo em dia. O apartamento também é analisado, desde a sua documentação até possíveis débitos com a prefeitura e outros órgãos, além de uma possível avaliação física do espaço.

Assine o contrato

Após a conclusão de todas as etapas de avaliação por parte da Caixa Econômica Federal e a aprovação do pedido, você e o vendedor do apartamento serão convidados a ir até uma agência (ou à imobiliária correspondente) para fazer a assinatura do contrato. O vendedor recebe o dinheiro em cerca de 30 dias e todos os custos da transferência, como ITBI, serão de responsabilidade do comprador.

Diferentemente do que muitos imaginam, comprar um apartamento não é nada tão difícil e complexo. Basta seguir essas dicas que você logo conseguirá realizar o sonho da casa própria sem se endividar no caminho.

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