Desenvolvimento pessoal: o que é necessário para ser independente?

Ser independente pode ser considerado um sonho construído desde a época da infância. Afinal, qual a criança que nunca sonhou em se tornar, ainda que por alguns minutos, a “dona do próprio nariz”?

No entanto, devido à imaturidade da idade, as crianças conhecem pouco sobre o desenvolvimento pessoal. Assunto que o adulto, por sua vez, precisa conhecer e colocar em prática, caso deseje se tornar uma pessoa independente.

Antes de qualquer coisa, é preciso entender o que é necessário para tornar esse desejo realidade. Para isso, preparamos uma lista de dicas que vão ajudá-lo em seu desenvolvimento pessoal e os melhores passos para você descobrir como ser independente financeiramente. Boa leitura!

• Vença a insegurança
• Desenvolva a inteligência emocional
• Torne-se autossuficiente
• Prepare-se financeiramente
• Seja responsável pelas suas atitudes e decisões
• Construa um pensamento independente
• Comece agora

1. Vença a insegurança

Ser independente é algo impossível para uma pessoa insegura. Sendo assim, é preciso sair da zona de conforto e acreditar em seu próprio potencial de realização. A dependência de pessoas ou de situações pode criar um circulo vicioso, no qual as coisas não acontecem de forma natural — já que a tendência é ficar esperando por dicas e soluções prontas quando, na verdade, elas não existem.

A insegurança paralisa, deixa esperando, consome o indivíduo por meio de pensamentos negativos, aumenta o nível de autocrítica e, às vezes, até coloca todos os outros como semideuses, já que tudo conseguem resolver — ao contrário da pessoa insegura.

Veja, a seguir, algumas dicas importantes para vencer a insegurança.

Planeje-se

Nada vai dar certo sem o mínimo de planejamento. Por isso, faça uso de cadernos ou de algum dispositivo eletrônico para se organizar financeira e temporalmente. Trace suas metas — como fazer um curso, financiar uma casa — e dedique o que for possível dos seus recursos, em termos de tempo e de dinheiro, para alcançar esse objetivo.

Parta para a ação

Um erro comum em pessoas inseguras é: pensar muito, estudar toda a teoria e até fazer um planejamento, mas nunca dar o primeiro passo! Se você quer ser independente, é preciso que saia da zona de conforto e parta para a ação. Comece procurando por uma agência de financiamento, analisando taxas, prazos e vendo se os valores cabem no seu bolso.

Aprenda com os outros

Confiar e acreditar nos outros não é algo ruim — até certo limite. Sendo assim, procure por casos de sucesso (pessoas que são bem-sucedidas) para saber em quais pontos acertaram e em quais erraram.

Se a sua independência começar pela aquisição de um imóvel ou pelo investimento em um curso de graduação, por exemplo, procure saber mais sobre as modalidades de compra e o andamento do mercado daquela área, respectivamente.

Seja forte

Ninguém tem uma bola de cristal capaz de prever o fracasso, certo? Pois bem! O perfil de uma pessoa independente, às vezes, está ligado à própria natureza do indivíduo — mas, na maioria dos casos, ele vem do meio em que a pessoa está. Sabendo disso, é necessário ser forte, errar quantas vezes forem necessárias e o mais importante: aprender com cada passo dado.

Crie metas alcançáveis

Quando não conseguimos cumprir uma meta, acabamos ficando chateados, mas muitas vezes, essa situação não é nossa culpa, mas sim a escolha de uma meta irreal para o período ou situação esperada. Por isso, é importante dedicar um tempo a mais para planejar os objetivos que se quer alcançar.

Comece criando metas menores e, se possível, faça divisões em objetivos menores ainda. Com isso, você conseguirá cumpri-la bem mais facilmente, além de ter um controle melhor de como está o seu rendimento. Caso perceba que não conseguirá alcançar o que havia pretendido, poderá remanejá-la de maneira que fique mais realista.

Outro ponto importante é sobre a razão pela qual essas metas estão sendo criadas: elas precisam ser importantes para você ou para o objetivo que se quer alcançar, caso contrário, você não se sentirá motivado para cumpri-la, mas quando perceber que não foi bem-sucedido, poderá se sentir frustrado.

2. Desenvolva a inteligência emocional

Saber identificar e lidar com as próprias emoções é algo muito importante. Afinal, uma pessoa emocionalmente inteligente tende a não se envolver com emoções negativas e adquirir a capacidade de avaliar corretamente o que está sentindo, além de aprender a lidar com as emoções, é claro!

O psicólogo norte-americano Daniel Goleman, criador do termo “inteligência emocional”, considera que um indivíduo com essa característica é aquele que tem maior facilidade em identificar as emoções — sejam positivas, sejam negativas.

Assim, os impactos que a inteligência emocional têm na sua independência se tornam visíveis quando você precisa lidar, ao mesmo tempo, com uma entrevista de emprego, uma negociação de compra de um bem ou, até mesmo, uma situação de conflito. Isso tudo com tranquilidade e equilíbrio (sem perder a cabeça)!

Além disso, indivíduos inteligentes emocionalmente sabem controlar impulsos e têm uma imensa capacidade de se automotivar e, também, de motivar os outros por meio de atitudes encorajadoras.

3. Torne-se autossuficiente

Uma pessoa autossuficiente tem uma maneira muito peculiar de enxergar as coisas e não depende do outro — nem emocionalmente, nem financeiramente. Para isso, no entanto, é preciso se autoavaliar, construir relacionamentos na base da confiança e, principalmente, cuidar das carências de forma que elas não afetem o sentido de uma relação.

Na parte emocional, é preciso cuidar da autoestima, da saúde, das emoções e da qualidade dos relacionamentos. Por isso, uma pessoa autossuficiente não pode se tornar controladora, nem ser controlada pelo outro. Já na parte financeira, o mais importante é ter metas, realizar o planejado e agir de forma saudável com o dinheiro, evitando o consumismo.

Dica: morar sozinho é uma boa maneira de ser independente e autossuficiente. Fazendo isso, naturalmente, você terá que lidar com um novo mundo de responsabilidades e de descobertas!

4. Prepare-se financeiramente

Antes de qualquer coisa, para se tornar independente, é preciso ser organizado financeiramente e ser capaz de arcar com os compromissos adquiridos. Por isso, evite o consumismo e não faça dívidas sem que tenha um bom motivo.

Algumas dicas são muito importantes para quem quer se preparar financeiramente. Se esse é um dos seus objetivos, então, vamos lá.

Gaste menos do que ganha

Uma das principais regras para se tornar independente financeiramente é poupar para acumular patrimônio. De nada adianta receber salários cada vez maiores se você está gastando a mesma proporção de sempre.

É importante ter disciplina para poupar uma parcela dos seus ganhos todos os meses. Afinal, essa poupança pode ser útil para preparar uma reserva de emergência para o futuro ou até mesmo para investir em algo lucrativo.

O ideal é poupar, no mínimo, 10% da sua renda líquida mensal para ter uma vida financeira saudável. Em outras palavras, se você recebe, por exemplo, 5 mil reais por mês, é importante poupar, pelo menos, 500 reais. Assim, restarão 4.500,00 para você arcar com suas despesas.

Pague à vista e evite dívidas

Muitos brasileiros têm o hábito de parcelar compras para pagar durante vários meses. No entanto, por mais que essa seja uma alternativa cômoda, também é uma maneira de fazer dívidas no futuro, caso aconteça algum imprevisto que impeça o comprador a pagar todas as parcelas.

Além disso, a maioria das pessoas que preferem parcelar esquecem de considerar o valor dos juros embutidos em cada parcela, prejudicando ainda mais o orçamento mensal.

Por isso, é fundamental sempre priorizar o pagamento à vista. Além de evitar dívidas, também é uma forma de aproveitar os descontos para poupar dinheiro.

Renegocie e quite suas dívidas

Antes mesmo de investir seu dinheiro para render ao longo prazo, é importante fazer um diagnóstico das suas dívidas e renegociar quanto antes.

A maioria das dívidas gera altas taxas de juros que podem colocar qualquer um em uma situação delicada com o passar dos anos. Por isso, a melhor alternativa é quitá-las para evitar obstáculos que impeçam sua liberdade financeira.

A renegociação das dívidas é interessante tanto para você como para o banco, portanto, basta juntar todos os documentos e procurar a instituição financeira cobradora.

Durante a renegociação, também é possível solicitar o aumento do prazo de pagamento. No entanto, isso só é recomendado para as dívidas que não implicam em altas taxas de juros.

Procure por alguma atividade extra

Outra maneira bastante eficaz de investir em sua independência financeira é apostando em atividades lucrativas extras para aumentar sua renda.

Mesmo que você já receba um salário, uma renda extra nos seus horários livres pode melhorar sua qualidade de vida, além de aumentar sua poupança para o futuro.

Veja algumas atividades extras que você pode exercer:

• revenda de produtos;
• venda de doces;
• serviços a domicílio;
• entregador de aplicativos;
• venda de infoprodutos na internet;
• costura;
• redator, revisor ou tradutor de textos;
• editor de vídeos etc.

O ideal é se dedicar a algo que você já tenha experiência no seu tempo livre, para não prejudicar a sua rotina.

Faça cursos e prepare-se profissionalmente

Não há como negar a importância de conquistar uma oportunidade de emprego bem remunerada para garantir a independência financeira a longo prazo. Se você quiser um lugar de destaque no mercado, é fundamental investir em sua educação desde o início.

O mercado de trabalho está de portas abertas para profissionais especializados. Além de terem ensino superior completo — ou andamento —, candidatos que têm certificações em cursos profissionalizantes costumam chamar mais atenção nos processos seletivos.

Atualmente, há diversas oportunidades acessíveis de cursos na internet. Você pode se dedicar aos estudos, de acordo com sua flexibilidade, e aumentar o valor do seu trabalho no mercado.

Faça uma reserva de emergência

Como deve ter percebido, é preciso muito preparo para alcançar independência financeira. Parte disso, também envolve o planejamento financeiro por meio da reserva de emergência para lidar com possíveis imprevistos ao longo da vida.

Demissão do emprego, urgência médica, perda total do carro: podem ocorrer diversas situações drásticas que exijam uma quantidade grande de dinheiro com urgência.

Para isso, é fundamental separar um pouco do salário todos os meses para a reserva de emergência. O ideal é reservar capital suficiente para que você consiga pagar seus gastos durante seis meses.

Realize investimentos

Que tal fazer o seu dinheiro trabalhar para você? Ao fazer investimentos, você conseguirá ter uma renda passiva, ajudando muito na sua organização financeira, aumento de renda e também a gastar menos, já que o dinheiro que está nas corretoras não pode ser retirado tão cedo para uso, caso contrário, o investidor precisará pagar multas.

Dessa maneira, busque fazer pesquisas para entender melhor como funciona o mercado dos investimentos. Após isso, você já poderá fazer aplicações mais “conservadoras” que não correm um alto risco de oferecerem prejuízo, apesar de oferecerem um retorno menor e mais demorado.

Com o tempo, você conseguirá adquirir experiência e confiança para fazer investimentos mais arriscados, para conseguir ter uma lucratividade maior e diversificar a sua carteira de investimentos. Além de tudo isso, é interessante escolher uma corretora de confiança para que ela seja a ponte de todas essas transações.

O primeiro passo para um bom investimento de sucesso é definir um objetivo para ele: será uma renda passiva? Uma reserva de emergência? Ao definir esse ponto, será muito mais fácil entender quanto precisa investir e em quais locais, para que ele tenha um bom rendimento nessas condições.

Faça um planejamento orçamentário

Tudo começa com um bom planejamento, por isso, procure organizar a sua vida financeira para que consiga entender a sua realidade e o que pode ser feito para melhorá-la. O primeiro passo é analisar quais são os seus gastos e ganhos e listá-los. Assim, você já poderá ter uma ideia se está gastando mais ou menos do que ganha.

Depois, é preciso entender quais são esses gastos, analisando quais deles são essenciais e quais são supérfluos. Esse também é um bom momento para descobrir se você está gastando com coisas que não deveria ou não sabia, conseguindo cortar esses gastos rapidamente e poupar dinheiro.

Se você for um trabalhador autônomo ou tenha a sua própria empresa, também é importante fazer uma divisão dos seus ganhos em o que é da instituição e o que é seu. Quando você se dá um “salário”, fica mais fácil organizar o seu dinheiro entre os investimentos para o desenvolvimento da empresa e para organizar os seus próprios gastos.

5. Seja responsável pelas suas atitudes e decisões

Ser independente não significa, de jeito nenhum, que você não vai precisar dos outros, já que cada pessoa tem uma parcela de contribuição na construção do mundo que o cerca — inclusive nas relações pessoais.

No entanto, é fundamental desenvolver a autoconfiança para que você não culpe, jamais, os outros pelos seus erros ou por aquilo que não deu certo. Ninguém o obrigou a seguir um caminho ou a tomar uma determinada decisão: a palavra final é sempre sua e é você quem deve responder por ela, concorda?

Saber onde pisa e ter clareza sobre os próximos passos é muito importante, mas não estar aberto a novos conhecimentos e experiências é sinal de arrogância — aliás, é essencial não confundir autossuficiência com orgulho, certo? Uma pessoa independente sempre procura aprender com erros e acertos, e jamais transfere aos outros a responsabilidade de suas próprias decisões.

6. Construa um pensamento independente

Para atingir o ápice da independência emocional e financeira é preciso, primeiramente, construir um pensamento independente. Assim, é justo imaginar que o mundo não gira em torno do próprio umbigo e que a vida é muito mais do que se preocupar com os outros ou se sentir julgado.

Ter um pensamento independente é acreditar que você é capaz, apesar das dificuldades, e continuar em busca dos seus sonhos, apesar dos tombos — além de não ligar para a opinião dos outros e ser o seu melhor amigo, é claro!

7. Comece agora

A essa altura do campeonato, você já deve ter percebido que uma forma muito sábia de começar a sua vida independente, é se organizando para isso. Pense nos seus objetivos de médio e longo prazo e se planeje!

Por mais absurdo que possa parecer, considerando a sua atual realidade, investir em um imóvel é uma excelente opção para dar início à nova vida que o espera. Portanto, pense no bairro, no valor que consegue investir por mês e no tipo de imóvel que deseja viver.

Com isso tudo em mente, coloque na ponta do lápis os prazos e os valores que são necessários para que consiga financiá-lo — incluindo um valor de entrada, já que a maioria das modalidades de financiamento imobiliário requerem essa quantia inicial. A partir daí, veja quais são os gastos que podem ser cortados para juntar o valor do qual precisa.

Para que você tenha uma ideia, vamos fazer uma simulação. Supondo que uma casa, que não esteja muito distante do centro da cidade, tenha o valor de R$ 200 mil e exija uma entrada de 30% (R$ 60 mil) para ser financiada. Supondo, ainda, que o seu prazo seja de 4 anos para adquirir esse valor inicial (48 meses).

Assim, desconsiderando outras despesas, o custo de sua independência pessoal seria de R$ 1.250,00 por mês. Guardar essa quantia mensal pode requerer alguns sacrifícios, mas o prazer de poder dizer que é dono do próprio teto no final das contas valerá muito a pena! Então, arregace as mangas, veja como você pode levantar um dinheiro extra e vá fundo!

Perceba que, apesar de ninguém estar no seu pé com cobranças ou reclamações, tudo tem o seu preço. Cada atitude ou decisão é precursora de uma consequência e, caso não tenha certeza do que as suas ações poderão gerar, é melhor parar e reavaliar.

No entanto, o mais importante é: para se tornar uma pessoa independente, é preciso acreditar e investir em si mesmo — assim, a tão sonhada liberdade se tornará uma realidade mais facilmente.

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