Empréstimo imobiliário: entenda o que é e como conseguí-lo
O volume de crédito voltou a crescer no país e a maioria dos brasileiros já podem começar a se planejar para realizar o sonho da compra do primeiro apartamento. Porém, com tantas opções de crédito disponíveis, uma vem ganhando destaque: o empréstimo imobiliário. Essa alternativa permite que as pessoas comprem seus imóveis pagando o valor total ou parcial à vista.
Hoje, o empréstimo imobiliário representa uma das ferramentas mais importantes para quem deseja comprar um imóvel. Isso porque as taxas de juros costumam ser mais baixas em relação aos tradicionais financiamentos e proporcionam maior facilidade de acesso.
Mas você conhece essa modalidade de crédito? Descubra a partir de agora como funciona o empréstimo imobiliário e como ter acesso a ele. Boa leitura!
O que é e como funciona o empréstimo imobiliário?
O empréstimo imobiliário é a liberação de recursos em espécie (montante em dinheiro) por um banco ou qualquer outra instituição financeira autorizada, a clientes que visam utilizá-los para a compra de um imóvel, seja ele novo ou usado, para fins de moradia (residencial) ou trabalho (comercial). O valor também pode ser utilizado para comprar materiais de construção, caso o desejo seja de construir ou reformar.
Por meio de um contrato, os principais acordos da operação são especificados:
montante liberado;
taxa de juros embutido nas parcelas;
sistema de amortização adotado;
o valor de cada prestação;
prazo para quitação total.
Principais linhas de crédito imobiliário existentes
Hoje, existem diversas linhas de crédito disponíveis no mercado, mas vamos focar nas principais. São elas:
Carta de crédito SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo)
A carta de crédito SBPE usa apenas recursos próprios para disponibilizar o crédito. Não impõe limite de renda aos requerentes e permite cobrir até 80% do valor do imóvel. Mas, para ter acesso a essa modalidade, o imóvel desejado precisa ser novo (em construção ou recém-entregue). O prazo máximo concedido pode chegar a 35 anos e os juros ficam em torno de 12% ao ano, variando conforme o valor tomado no empréstimo.
FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
Se você tiver saldo disponível, pode usar a conta do FGTS para realizar a aquisição, abatimento parcial do saldo devedor ou quitar um financiamento completamente. Mas para ter direito ao saque, existe uma série de requisitos que devem ser atendidos. Veja os principais:
deve ter pelo menos 3 anos de trabalho com carteira assinada;
não pode estar em outro financiamento, pagando parcelas de uma outra casa ou apartamento paralelamente;
não pode ter imóveis em seu nome no município em que o novo está localizado. Isso inclui região limítrofe com raio de aproximadamente 100 quilômetros;
precisa residir ou trabalhar no município onde o imóvel desejado se localiza ou município vizinho.
SFI (Sistema Financeiro Imobiliário)
A linha de crédito SFI é disponibilizada para as pessoas que desejam comprar uma casa ou apartamento com valor um pouco acima da média do mercado. O imóvel deve custar mais de R$ 950 mil e, se utilizar essa linha de crédito, ficará impossibilitado de usar o FGTS.
SFH (Sistema Financeiro da Habitação)
O SFH, assim como o SFI, também se destina a compra de imóveis com valores maiores que a média nacional, podendo liberar créditos acima de R$ 1,5 milhão. Com a disposição de recursos dos fundos de poupança, de empréstimo e do FGTS, a linha de crédito oferece condições mais favoráveis em relação a outras modalidades, tendo como teto uma taxa de juros de 12% ao ano.
Até 90% do valor da casa ou apartamento pode ser coberto no crédito e o cliente ganha um prazo de até 35 anos para quitá-lo. Porém, o prazo e o limite de crédito serão liberados conforme a idade do requerente e a renda bruta. Afinal, o valor da prestação não pode ultrapassar 30% do orçamento familiar.
Como conseguir um empréstimo imobiliário?
Agora que você já conhece as principais linhas de crédito, aprenda como conseguir um empréstimo imobiliário:
Faça uma simulação antes de qualquer coisa
A primeira coisa que deve fazer é solicitar simulações aos bancos e financeiras para saber quanto poderá tomar de empréstimo, quais são as taxas de juros praticadas, o valor das prestações e quanto tempo precisará para quitar a dívida. Você nem precisa visitá-los pessoalmente, já que a maioria oferece a opção de simulação online pelo site.
Ao fazer isso, poderá descobrir o CET (Custo Efetivo Total) de cada instituição e escolher a que oferecer o melhor custo-benefício para o seu caso. Como os limites, taxas de juros e prazos podem variar bastante no mercado, essa pesquisa será fundamental para fazer a escolha certa.
Solicite uma análise de crédito
Depois que escolher a instituição financeira, solicite uma análise de crédito. Nessa etapa não precisará apresentar documentos, apenas informar o número do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) e mais algumas informações pessoais para simples consulta. A partir daí, o banco ou financeira fará uma verificação nos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa.
Se houver pendências, a instituição analisará a capacidade que você tem de pagar as parcelas mensais, considerando a renda bruta, sua e a do seu cônjuge, se houver. Caso esteja negativado, o recomendado é que resolva as pendências antes de solicitar a análise, pois isso pode influenciar no limite disponibilizado ou mesmo impedir que você consiga o crédito.
Junte os documentos necessários
Quando tiver o crédito aprovado, será a hora de juntar todos os documentos necessários para formalizar um contrato. Os mais solicitados são:
RG (Registro Geral): cópia e original;
CPF: cópia e original;
certidão de casamento: cópia e original (para quem é casado);
comprovantes de renda: contracheques (holerites), declaração do imposto de renda ou extrato bancário;
Se você for autônomo ou um profissional liberal, pode comprovar a renda com ajuda de um extrato bancário, contrato de aluguel ou de prestação de serviços, declaração do Imposto de Renda, declaração de contribuição sindical da categoria, recibos obtidos com as vendas e serviços realizados e DECORE (Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos), que é preparada pelo contador.
Assine o contrato e aguarde a liberação do crédito
Antes de assinar o contrato, lembre-se de ler atentamente todas as cláusulas e, se tiver alguma dúvida, questione. Se mesmo assim não se sentir seguro, solicite o apoio de um advogado para esclarecer cada detalhe. Após assinar o contrato, a instituição financeira tem um prazo médio de 30 dias para liberar o crédito.
Como pode ver, conseguir um empréstimo imobiliário não é difícil. Basta seguir as nossas dicas. Então, não perca mais tempo. Planeje-se para realizar o seu sonho da casa própria ainda hoje!
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