Método dos 10 envelopes e outras 4 técnicas para juntar dinheiro

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Ainda que a ideia pareça simples, economizar não é uma prática que qualquer pessoa consiga realizar com facilidade. Afinal, além de exigir muita disciplina, existem as necessidades e as tentações do dia a dia, que estão sempre importunando e rondando as economias.

Por isso, nós preparamos este artigo, no qual apresentaremos 5 técnicas desenvolvidas por especialistas em finanças que lhe ajudarão a juntar dinheiro.

Índice

1. Decida que vai juntar dinheiro

Essa técnica pode parecer evidente e de fato é. Porém, isso não significa que ela seja fácil de ser a adotada.

Portanto, a primeira prática que você deve adotar é a mais simples de todas: decida, firmemente, que chegou a hora de juntar dinheiro. Para tanto, tome consciência que só assim você conseguirá alcançar os seus propósitos na vida, conquistando o dinheiro suficiente para comprar um apartamento, trocar de carro, casar, fazer viagens e adquirir tudo aquilo que você pretende.

A partir dessa decisão, você deve procurar entender exatamente como anda a relação entre as suas despesas e a sua fonte de renda. Some tudo o que você ganha por mês e subtraia as suas despesas mensais.

O ideal é que você encontre um saldo positivo no final das contas. Quanto maior ele for, melhores serão as suas condições para guardar dinheiro. Se o saldo zerar ou se for negativo você deve procurar adotar medidas consistentes para cortar gastos onde for possível.

Para entender como andam as suas finanças, você também pode adotar alguma técnica que lhe ajude a controlar suas despesas e reservar dinheiro suficiente para realizar uma boa poupança. Confira algumas sugestões apresentadas nas próximas técnicas.

2. Use o método dos 10 envelopes

De acordo com o consultor financeiro Robinson Trovó, da Trovó Academy, quem deseja juntar dinheiro precisa cuidar de três pontos:

  • gastar menos do que ganha;
  • ter uma reserva para as situações de emergência;
  • destinar 10% da renda líquida mensal para um investimento que pague juros acima da inflação.

Segundo o consultor, além desses 10% da poupança, o ideal seria destinar 70% da renda para as despesas e 20% para a reserva emergencial.

Com o método dos 10 envelopes você conseguirá manter essa proporção de maneira mais simplificada. Para tanto, compre dez envelopes e escreva em cada um deles o destino que você dará ao seu dinheiro, que pode ser, por exemplo: carro, moradia, saúde, estudos, compras, supermercados, pagamento de dívidas, lazer, reserva emergencial e investimento.

No primeiro mês você não utilizará os envelopes da reserva emergencial e do investimento. Basta você anotar a lápis em cada um dos demais envelopes aquilo que você acha que gasta por mês com cada despesa. Por exemplo, anote no envelope do carro um valor que você acha que gasta com combustível, IPVA, seguro, manutenção, etc.

Em seguida, ao longo do mês, vá guardando nos envelopes os comprovantes de pagamento de cada uma das despesas. Por exemplo, recibo do aluguel, contas de água e luz e IPTU serão guardados no envelope da casa. Notas do supermercado, no envelope apropriado. Faça assim com todas as demais despesas.

No final do mês some todos os valores dos comprovantes de cada envelope e compare com o valor anotado a lápis. Frequentemente as pessoas se assustam, quando descobrem que gastam muito mais do que acreditavam com cada item.

Quanto maior for a diferença entre o que você anotou e o que, de fato, você gastou, maior deverá ser a sua atenção para aquela despesa. O objetivo é fazer com que a somatória de todos os envelopes de gastos fique limitada em 70% da sua renda.

No segundo mês você passará a destinar um valor em dinheiro para cada envelope, limitando os gastos ao que for depositado ali. É aí que o desafio começa, de fato. Reserve 10% para o envelope “Investimento”, que você deverá destinar a alguma aplicação que renda acima da inflação. Da mesma forma, guarde 20% da sua renda no envelope destinado às emergências.

O dinheiro da emergência você só deverá gastar em caso de real necessidade. Como, por exemplo, para consertar a geladeira ou a televisão.

3. Faça o desafio das 52 semanas

Essa técnica também é bastante simples, mas, como o nome indica, representa um verdadeiro desafio que exige bastante disciplina. O objetivo é guardar um pouco de dinheiro todas as semanas que, preferencialmente, deve ser depositado em uma poupança. A cada semana você somará o primeiro valor depositado na poupança ao valor depositado na última semana.

Por exemplo, imagine que você resolva iniciar com apenas R$ 1. Na semana seguinte você deverá depositar R$ 1 da primeira semana, mais R$ 1 da segunda, totalizando R$ 2. Na terceira semana deposite os R$ 2 da semana anterior mais R$ 1, totalizando R$ 3. Faça assim até chegar a R$52 na última semana.

Parece pouco dinheiro. Porém, quando você verificar o saldo no final do período terá uma grata surpresa. Por exemplo, iniciando o desafio com R$ 1, no final de 52 semanas, você terá feito R$ 1.378 em depósitos na poupança. Se você iniciar o desafio com R$ 2 o volume final depositado do período será de R$ 2.756. Se a quantia escolhida for R$ 5 será possível obter R$ 6.890 de depósitos ao final de um ano.

Considerando os juros que a poupança rende esses valores serão ainda maiores. Porém, vale ressaltar que para funcionar o desafio não pode ser quebrado e o dinheiro guardado não pode ser utilizado em hipótese alguma.

4. Junte os trocados

O velho cofrinho pode ser um excelente aliado para quem deseja juntar dinheiro, o que pode ser feito de maneira muito simples. Em vez de você separar grandes quantias para depositar na poupança, coloque no cofrinho todos os trocados que encontrar no bolso no final do dia. Vale desde as moedinhas até as notas de R$ 10, ou mais.

Para que o dinheiro renda, também é interessante abrir o cofrinho mensalmente para depositar na Caderneta de Poupança a quantia que estiver guardada nele.

Mais uma vez, convém destacar que você deve resistir, a todo o custo, à tentação de utilizar o dinheiro do cofrinho ou da própria poupança em qualquer situação. Veja essa reserva como algo sagrado, que não pode ser tocado em hipótese alguma.

5. Crie metas para as suas despesas

Outra técnica interessante que você pode adotar para controlar suas despesas e guardar dinheiro é estabelecer metas para os seus gastos mensais. Você pode fazer isso de várias maneiras, de acordo com a sua realidade financeira. Porém, como sugestão, vamos explicar a técnica 50 – 15 – 35.

A ideia é destinar 50% da sua renda mensal para os gastos essenciais como moradia, alimentação, transporte, educação etc. Ou seja, você precisará se esforçar para manter esses gastos dentro do limite estabelecido pela meta.

Os 15% definidos pela técnica deverão ser destinados às prioridades financeiras. Por exemplo, para o pagamento de dívidas, se elas existirem, e para a poupança. Por fim, 35% deverá ser o percentual da renda a ser reservado para gastos que estejam relacionados com o seu estilo de vida e aos hobbies e lazer. É daí que você deve retirar o dinheiro para o lazer, para as compras, para a academia etc..

Ou seja, tudo aquilo que exceder à meta estabelecida deverá ser cortado.

Você pode adotar uma dessas técnicas ou combiná-las entre si. De qualquer maneira, firme-se no seu propósito de juntar dinheiro e siga em frente, que os resultados, com certeza, virão. Este artigo foi útil para você? Quer acompanhar mais conteúdos como este? Siga-nos nas redes sociais!

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