O que fazer para comprovar renda informal?
A comprovação de renda já é um velho conhecido do brasileiro. O procedimento pode ser útil, por exemplo, para quem quer abrir uma conta no banco, solicitar um cartão de crédito, alugar ou comprar um apartamento ou ainda ter um financiamento aprovado. Dessa forma, é comum surgir a dúvida sobre como comprovar renda informal.
O processo é importante porque é uma forma que as instituições têm de avaliar e administrar os riscos no momento de fazer negócios, garantindo que o consumidor terá dinheiro suficiente para o pagamento das parcelas. O problema é que nem todo mundo tem rendimentos que podem ser demonstrados por meio de um simples contracheque ou holerite.
E aí, o que fazer? Se esse é o seu caso, você descobrirá no artigo de hoje que não trabalhar de carteira assinada não deve ser um obstáculo que separa você dos seus sonhos. Ao ler o texto, você conhecerá as diferentes formas de comprovar renda de modo informal. Receberá recomendações que ajudam nesse momento e saberá os cuidados a serem tomados quando pedir um financiamento.
ÍNDICE
Como é possível comprovar a renda?
Como comprovar renda informal?
Qual é a importância de ter o nome limpo na praça?
Que recomendações ajudam a ter o financiamento aprovado?
Quais são os cuidados no momento de pleitear um financiamento?
Confira a seguir um passo a passo como comprovar renda informal. Avance agora mesmo!
Como é possível comprovar a renda?
Naturalmente, o caminho mais fácil para a comprovação de renda é apresentar contracheques ou holerites dos últimos três meses de trabalho. Ambos são documentos emitidos pela empresa para seus colaboradores e funcionam como uma espécie de recibo da remuneração paga em troca do trabalho.
Mas e quem não trabalha de carteira assinada, tem meios de demonstrar sua renda? A resposta é afirmativa! Se você é profissional liberal, autônomo, pequeno empreendedor e trabalhador informal, também pode comprovar seus rendimentos perante instituições financeiras. O mercado também está aberto a esses tipos de profissionais e basta saber os procedimentos corretos para fazer a comprovação de renda.
Como comprovar renda informal?
Existem diversas formas de comprovar a renda mesmo sem ter um emprego formal. A seguir explicamos as principais maneiras existente e que podem ajudar você caso esse seja a sua situação.
Acompanhe.
O trabalhador informal e o autônomo
De acordo com informações do Ipea divulgados em setembro de 2017, o Brasil possui mais de 44 milhões de trabalhadores informais. Não seria justo se uma parcela tão significativa da nossa população fosse excluída de uma série de oportunidades só porque não tem acesso ao mercado formal, não é mesmo?
Estamos falando aqui de profissionais que tiram o seu sustento ou complementam sua renda de forma artesanal e por conta própria, como é o caso de pescadores, artistas, doceiros, marceneiros, mecânicos, entre muitas outras funções importantíssimas para a nossa economia.
O trabalhador autônomo, por sua vez, também não tem um vínculo empregatício. Mas ele, ao contrario do informal, geralmente atua dentro das regras estabelecidas em um contrato e, normalmente, presta serviços para uma empresa.
É para atender às necessidades desses profissionais que muitas instituições — inclusive os programas sociais do governo, como é o caso do Minha Casa Minha Vida — aceitam também outras formas de comprovação de renda.
O microempreendedor individual
O microempreendedor individual, mais conhecido como MEI, é uma ótima oportunidade que o trabalhador que atua por conta própria tem de se profissionalizar e regularizar a sua situação. Além de poder contar com inúmeras vantagens, como imprimir notas fiscais e contar com a proteção do INSS, o trabalhador é visto pelo governo como um empreendedor.
Isso significa que a sua atuação profissional passa a ser lastreada por uma série de documentos fiscais e comerciais, que podem muito bem ser utilizados com a finalidade de comprovação de renda. Para mais informações sobre como se tornar um microempreendedor individual você pode acessar o Portal do Empreendedor.
Essa modalidade de empreendedorismo sofreu uma mudança recente em seu teto de faturamento. O valor que antes era de R$ 81 mil por ano passou para R$ 130 mil em 2022. Isso equivale a cerca de R$ 10.800,00 por mês e utilizando as notas fiscais emitidas e a declaração de um contador, é possível proceder à comprovação de renda para pleitear um financiamento imobiliário.
Declaração do Imposto de Renda
Uma alternativa à apresentação dos contracheques, especialmente no caso do trabalhador autônomo, é reunir cópia das últimas declarações do imposto de renda prestadas à Receita Federal. Como o valor declarado é passível do pagamento de tributo, esse meio acaba se tornando um forte comprovante de renda, até mesmo porque recebe a chancela de um importante órgão público.
Essa é uma forma de comprovar a existência do recebimento de rendimentos de forma constante e inclui também outras formas que o trabalhador pode ter de ganhar dinheiro, como recebendo lucros e dividendos, ou alugando imóveis, por exemplo. Toda a renda declarada compõe o recebimento de uma pessoa e a declaração serve como um documento ideal para a comprovação.
Declaração comprobatória de percepção de rendimentos
A declaração comprobatória de percepção de rendimentos, ou simplesmente DECORE, pode ser emitida em nome de qualquer pessoa física. No entanto, o interessado deve procurar um profissional de contabilidade, já que a expedição do documento só pode ser realizada por contadores regularmente inscritos em seu respectivo Conselho de Classe Regional.
A declaração pode ser solicitada de forma rápida e fácil pela internet, mas o contador precisa de uma série de documentos para fundamentá-la. Estamos falando, basicamente, de comprovantes que indicam que o interessado recebeu algum tipo de remuneração.
Como exemplo, podemos citar contratos de prestação de serviços ou de venda de bens, escritura de venda de imóveis, honorários, comissões, aluguéis, arrendamentos, retirada de lucros ou pró-labore, entre outros. Ou seja, tudo aquilo que seja capaz de comprovar o recebimento de renda.
O contador juntará todas essas informações em um único documento padronizado e com validade jurídica, bem como perante a instituição na qual se pleitea o financiamento. Vale lembrar que esse tipo de comprovação tem custo, que é cobrado pelo profissional de contabilidade. Normalmente deve ser pago em torno de 5% da renda que se deseja comprovar.
Qual é a importância de ter o nome limpo na praça?
Não podemos nos esquecer de que um fator que anda de mãos dadas com a comprovação de renda é não ter o nome constando em cadastros de proteção ao crédito, como é o caso do SERASA e do SPC, por exemplo. Estar cadastrado nesses órgãos significa ter dívidas em aberto com alguma empresa e isso é um mal indicativo para quem quer ter acesso a um financiamento.
Isso acontece por um motivo muito simples: no Brasil, o salário do trabalhador é absolutamente impenhorável. Isso significa que, mesmo se o credor procurar a justiça, não poderá receber o que lhe é devido se o único dinheiro que o devedor tiver for proveniente do seu ofício.
Mesmo ganhando bem, dificilmente alguém concederia um empréstimo em valor alto ou alugaria um imóvel para alguém que possui restrições ao crédito. Não apenas por conta do histórico de mau pagador, mas também pelo fato de que essa pessoa não conseguiria ter acesso a empréstimos e linhas de crédito bancário para honrar a dívida, caso alguma coisa dê errado no futuro.
Que recomendações ajudam a ter o financiamento aprovado?
Veja a seguir algumas dicas para ajudar na aprovação do financiamento.
Formalizar-se
Um ótimo começo que ajuda na comprovação de renda é trabalhar tão mais formalizado quanto possível. Ainda que seja possível auferir renda de modo informal, ter um CNPJ ajuda de inúmeras formas, e não somente no momento de comprovar renda. Ter melhores condições de compra junto a fornecedores é uma delas, além de poder fazer vendas maiores para outras empresas.
Regularizar pendências
É comum que algumas pessoas nem saibam que estão com alguma dívida inscrita nos órgãos de proteção ao crédito. Assim, antes de buscar um financiamento, é recomendável fazer uma consulta na junta comercial da sua cidade, pois todos os órgãos podem ser consultados em simultâneo. Caso conste alguma pendência, quite-a antes de seguir com o pedido de empréstimo para a compra da casa própria.
Fazer parte do cadastro positivo
Atualmente é possível pedir a inclusão no cadastro positivo. Ele funciona de modo a demonstrar o bom comportamento do consumidor perante seus compromissos financeiros. Isso ajuda no momento de requerer um financiamento e de ter boas condições para seu pagamento.
Quais são os cuidados no momento de pleitear um financiamento?
Por fim, vale destacar que um método de comprovação de renda não exclui o outro. Isto é: ao dar um passo importante na vida, como financiar a compra da casa própria, o interessado pode se cercar de cuidados e providenciar, simultaneamente, várias formas de comprovação de renda.
Como exemplo, podemos pensar em um profissional que trabalha por conta própria, como um eletricista. Nesse caso, além de se profissionalizar criando um MEI, o trabalhador pode também anexar à sua proposta uma certidão negativa de débitos, uma declaração de que não tem o nome sujo, um extrato contendo sua movimentação bancária ou até mesmo a cópia das suas últimas declarações do imposto de renda.
Além disso tudo, caso haja necessidade pode contar também com a ajuda de um profissional especializado em contabilidade para ter como comprovar renda informal. Ele pode criar livros com as suas contas e também redigir e assinar declarações capazes de comprovar o recebimento dos ingressos. Ademais, negociar com uma boa empresa de construção é fundamental nesse processo, e a ViaSul é a companhia mais indicada para a realização do sonho de ter a casa própria.
E aí, gostou das informações? Então aproveite para entrar em contato e conhecer as diferentes formas que podemos lhe ajudar a adquirir o seu tão sonhado imóvel!