Quer sair do aluguel? Veja aqui tudo o que você precisa fazer!

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Em termos de tranquilidade, não há nada que se compare a ter uma casa própria. Por mais que existam opções de aluguel interessantes, o fato é que, morando de aluguel, a pessoa está sempre em busca de alternativas para construir o seu patrimônio pessoal.

Ainda mais quando existem esposa e filhos. Sendo assim, é preciso critérios e saber exatamente qual é o caminho para sair do aluguel, independentemente de essa ser uma meta de curto, médio ou longo prazo. É por isso que preparamos este post.

A ideia é ajudar você a ter clareza a respeito de tudo o que envolve sair do aluguel e investir na casa própria. Saiba o que é preciso fazer para conquistar essa independência, considerando elementos importantes como simulação de financiamento e análise de crédito, programas do governo, além de dicas sobre como dar esse passo tão importante na vida de qualquer pessoa.

Ficou interessado? Então, não perca mais tempo. Vamos lá?

Quero sair do aluguel, e agora?

Decidiu sair do aluguel? Ótimo. Então, é hora de conhecer as opções disponíveis. Independentemente do motivo que fez você partir para uma nova etapa na sua vida, é preciso ter prudência para evitar que o próximo passo não comprometa a sua vida financeira.

Mas antes de falar de dinheiro — fundamental nessa questão —, é preciso considerar alguns elementos como o tipo de moradia que melhor atende ao seu perfil e o lugar em que você pretende viver.

Em relação ao tipo de moradia, você pode escolher entre comprar apartamento e casa. Essa decisão depende muito do seu gosto pessoal. De uma maneira mais geral, as pessoas que prezam mais por sua liberdade preferem viver em casas, pois, nesse tipo de ambiente, são elas que estabelecem as próprias regras. Em compensação, pessoas que moram em apartamentos têm a vantagem de poderem deixar seu lar para viajar sem maiores preocupações.

Mas isso não é uma regra. Dependendo do tipo de moradia, você pode ter um espaço maior ao morar em um apartamento, garantindo a liberdade desejada e maior segurança mesmo vivendo em casa, como nos condomínios residenciais.

Ainda pensando no tipo de moradia, é necessário avaliar fatores como o valor do condomínio e a questão da segurança. Em relação ao lugar, você deve ter atenção a questões como localização e acesso a regiões mais importantes da cidade. Esses fatores valorizam significativamente o imóvel.

Além disso, você pode optar por um imóvel novo ou usado. Em todo o caso, não deixe de conhecer a sua futura vizinhança e, caso o imóvel seja usado, procure avaliar suas condições. Se ele tiver estruturas danificadas, por exemplo, você já tem um bom motivo para procurar outra opção ou negociar os valores. É bom lembrar que o preço de uma possível reforma não pode comprometer o seu investimento.

O mesmo vale para regiões em que existem problemas maiores com a segurança. Se você tiver que gastar com segurança particular e equipamentos, talvez seja melhor considerar outras opções. A dica aqui é contar com alguém que saiba fazer essa avaliação de maneira mais criteriosa, um profissional para ajudar você a não se arrepender depois do investimento realizado.

De qualquer forma, a primeira ação a ser tomada quando você decide sair do aluguel é definir exatamente qual é o seu objetivo, ou seja, ter em mente a moradia ideal e a região em que ela se encontra para não se arrepender depois.

Como sair do aluguel antes de vencer o contrato?

Nesse ponto, é preciso ter atenção especial quanto à questão legal, pois em um momento em que você se prepara para investir, nada pode ser pior do que se ver enfrentando uma disputa jurídica por rompimento de contrato.

Sendo assim, a dica é sempre estar atento à assinatura do contrato no ato da locação, ou seja, assim que fecha o negócio e passa a viver de aluguel, o indivíduo precisa estar ciente daquilo que pode e que não pode fazer. Por isso, é importante ter sempre uma pessoa capacitada ao seu lado para evitar que uma assinatura de contrato hoje represente uma dor de cabeça no futuro.

Em geral, o locatário tem a obrigação de avisar o proprietário do imóvel com até 30 dias de antecedência, caso queira deixar o imóvel. Esse aviso deve ser feito por escrito em dois papéis. O primeiro fica com o locador e o segundo com o locatário.

Caso isto esteja previsto no contrato de locação, existe a possibilidade de o locatário ter que pagar uma multa. Ela surge se você decidir sair do imóvel antes do prazo estipulado e acordado entre as partes. Por exemplo, se você assinou um contrato de dois anos e decide sair com um ano e meio, caso a multa esteja presente no contrato, será inevitável arcar com esse custo.

O valor da multa é proporcional ao tempo restante para o cumprimento do contrato. Assim, quanto mais próximo da data limite do vencimento do contrato você estiver, menor será a taxa a ser paga caso decida sair do local.

Isso significa que é possível sim sair do aluguel mesmo antes do fim do contrato. Entretanto, é preciso que você esteja atento às regras imobiliárias para evitar que um eventual rompimento de contrato represente um entrave ao novo investimento que você está realizando. Com organização e respeito aos compromissos firmados, você pode sair sem problema algum.

Por que sair do aluguel?

O primeiro motivo: quando você aluga um imóvel, na prática, está jogando um pouco de dinheiro fora todo mês. Ainda que faça uso daquele bem, ele não te pertence e te deixa mais longe de uma propriedade sua.

Enquanto você usa parte do dinheiro que ganha para alugar uma casa ou um apartamento, deixa de aplicar um valor que poderia estar sendo usado para melhorar a sua vida no futuro. Sendo assim, a diferença entre o imóvel próprio e o aluguel é que o primeiro é um investimento e o segundo, um gasto.

Além disso, ter uma casa própria representa segurança diante de inúmeras eventualidades. Em períodos de instabilidade econômica, como a que o país atravessou nos últimos anos, por exemplo, ser dono do próprio lar é algo que protege o cidadão.

O que é muito diferente de quando ele precisa alugar um espaço, em que fica sujeito a riscos, como um corte de pessoal na empresa em que trabalha. Morando na casa própria, mesmo que você perca o emprego, não terá que devolver a casa por ficar sem dinheiro para pagar o aluguel.

Outra vantagem de ser proprietário do lugar onde mora é que, com ele, você pode fazer aquilo que bem entender — reformar, pintar e até mesmo transformá-lo por completo até que ele fique ao seu gosto. É completamente diferente do aluguel, pois, nesse caso, você não tem autonomia para mexer no imóvel, a menos que tenha a autorização do proprietário. Ainda assim, precisa restaurar o bem para o formato original quando sair do imóvel, o que representa mais um gasto.

Além disso, hoje existem os programas do governo, como o Minha Casa, Minha Vida, que permitem a realização de investimentos compatíveis com diferentes tipos de perfis financeiros, ou seja, com eles você pode sair do aluguel o quanto antes sem precisar sair em busca de soluções milagrosas como ganhar na loteria.

A questão é se organizar e criar uma estratégia para viabilizar a compra do imóvel. Por isso, é preciso se planejar para começar a gastar para si mesmo.

Como sair do aluguel com pouco dinheiro?

O caminho é planejar a vida financeira antes de fechar o contrato de financiamento. E isso não precisa ser feito às pressas. Pense que, se você não tem sido capaz de guardar durante um ano o valor da sua prestação, seja na forma de investimentos, seja de qualquer outra forma, então, possivelmente terá dificuldades para lidar com as mensalidades após a assinatura do contrato.

Sendo assim, é preciso realinhar a sua vida financeira de modo que essa futura despesa caiba dentro do seu orçamento. Mas não se desespere: comece a fazer um relatório mensal no qual você anota seus diferentes gastos e, em função dele, determine se é possível se comprometer com uma prestação. O ideal é destinar no máximo 30% da sua renda líquida com a prestação.

Isso significa que você precisa ter uma estratégia. Organize suas finanças e conheça os custos detalhadamente, procurando encontrar um meio para fazer com que os gastos caibam no seu orçamento.

Antes de comprar, evidentemente, é fundamental ter uma noção mais precisa a respeito dos preços praticados no mercado. Assim, você tem como definir um valor a ser economizado a cada mês para arcar com essa despesa. Comece pesquisando preços. Defina três ou quatro imóveis que mais te agradam e conheça seus valores. Com uma boa pesquisa, você tem como conseguir parcelas menores em um financiamento de imóvel.

Feito isso, é hora de encontrar espaço no seu orçamento para esse gasto. Se você não trabalha com uma planilha financeira ou algum app de organização financeira, saiba que esse tipo de recurso é muito útil. Com ele, você consegue acompanhar a sua movimentação de maneira mais criteriosa, o que permite identificar com maior precisão os grupos em que se encontram os maiores gastos. Isso é importante, pois permite que você faça cortes em despesas que não comprometem tanto o seu dia a dia.

Tendo critérios para lidar com os gastos, você pode pensar em fazer investimentos com maior tranquilidade. Existem ferramentas muito úteis para isso. Uma delas é a regra dos 50-15-35, em que você destina 50% dos seus rendimentos para gastos tidos como essenciais, 15% para prioridades financeiras e 35% para despesas com manutenção do estilo de vida.

Isso quer dizer que, seguindo a regra, você reserva metade do seu dinheiro para lidar com o que não pode faltar no seu dia a dia, 15% com o pagamento de dívidas e realização de investimentos, sendo que é fundamental quitar todas as dívidas antes de começar a investir, e 35% com entretenimento e compras menos importantes.

O diferencial dessa regra é que ela permite que, caso você tenha que fazer cortes, consiga aliviar em até 35% os seus gastos sem precisar abrir mão do que realmente importa na sua vida.

Como sair do aluguel ganhando pouco?

Ainda que você considere a sugestão apresentada no tópico anterior ou passe a adotar outra, uma pergunta pode estar passando pela sua mente agora: mas o que fazer se eu ganho pouco?

Nesse caso, continua sendo válido ter uma estratégia financeira para fazer o seu dinheiro render mais. Acredite: mesmo com um salário baixo, quando você organiza sua vida financeira, a tendência é que, com o tempo, sua situação melhore e comece a sobrar mais dinheiro.

Entretanto, para fazer um investimento mais alto como o que costuma ser o da compra do imóvel, é preciso considerar soluções como programas de financiamento imobiliário. É aqui que você precisa ter atenção especial, pois é justamente para pessoas de baixa renda que o governo e instituições bancárias oferecem as melhores oportunidades.

Minha Casa Minha Vida funciona da seguinte forma: pode participar quem possui renda bruta de no máximo R$ 9 mil. O programa é dividido em quatro categorias, visando a contemplar famílias com diferentes perfis. Conheça cada uma delas.

Faixa 1

É um tipo de habitação popular, destinada a quem recebe até R$ 1.800 por mês, sendo que os empreendimentos podem ser custeados em até 90% de seu valor total.

Faixa 1,5

Já a faixa 1,5 contempla interessados que recebem até R$ 2.600 de renda bruta, oferecendo subsídios de até R$ 45.000 para financiar imóveis com o valor de até R$ 135.000.

Faixa 2

A faixa 2, por sua vez, é reservada para quem possui renda bruta entre R$ 2.600 e R$ 4.000. Nesse caso, é feita uma simulação individualmente para se chegar ao valor do subsídio oferecido.

Faixa 3

Por fim, existe a faixa 3, que contempla famílias com renda bruta de até R$ 9.000. Nesse caso, o financiamento pode ser feito com recursos do FGTS para comprar apartamento ou casa com taxas menores do que as de mercado.

Além disso, existem outros tipos de financiamentos imobiliários, como os apresentados pelos bancos. São pacotes de financiamento imobiliário que existem justamente para facilitar a compra da casa própria. Mas tome cuidado, pois, negociando diretamente com os bancos, os empréstimos podem acontecer sob juros muito altos.

Qual a melhor forma de sair do aluguel?

O aluguel pode ser um importante aliado em determinada fase da sua vida. Quando você ainda não tem um emprego fixo ou mesmo enquanto ainda não concluiu a faculdade, mas precisa sair da casa dos pais, fazer uma boa escolha em relação ao lugar onde pretende morar talvez não seja tão fácil.

Assim, à medida que a pessoa começa a amadurecer, é importante que ela esteja pronta para dar passos mais firmes em relação ao seu desenvolvimento. Nesse caso, pensar em sair do aluguel é o movimento que deve ser feito cuidadosamente, sem que isso seja a origem de dificuldades financeiras.

O planejamento é a palavra certa nesse momento. A melhor forma de sair do aluguel é se planejando para que todos os compromissos sejam honrados e você consiga comprar a casa ou o apartamento que mais agrada sem que os gastos saiam do controle.

Desse modo, o tempo deve ser um aliado. Não pense que por ter pouco dinheiro no momento, a realização de um sonho será impossível. Se você usar o tempo em seu favor, além, é claro, de aproveitar as oportunidades que se apresentam, a viabilização do projeto pode ser mais fácil do que você imagina.

Outro detalhe é fazer seu dinheiro render. Reservando uma quantidade certa por mês, você pode fazer com que o seu dinheiro se valorize e isso pode ajudar a comprar seu imóvel o quanto antes. A questão é saber se organizar financeiramente para não ficar estagnado na situação em que se encontra hoje.

Sair do aluguel é um processo que exige de uma pessoa a capacidade necessária para transformar a sua própria realidade. Comece a se organizar agora mesmo e conquiste a sua independência financeira o quanto antes.

Como economizar para sair do aluguel?

Um ponto precisa ficar bem claro na sua mente: se você não ganhar tão bem a ponto de financiar o próprio imóvel enquanto continua pagando aluguel, então, é preciso ter uma estratégia para viabilizar a compra da casa própria sem que você fique desabrigado.

Nesse sentido, é preciso pensar em formas de fazer economia. Uma delas é fazendo cortes de gastos. Considere a regra anteriormente citada: a dos 50-15-35. Comece cortando parte dos gastos que você realiza no último grupo, ou seja, o de despesas voltadas ao estilo de vida. Não é necessário abrir mão de certas atividades, pois em muitos casos basta substituir opções mais caras por outras mais econômicas.

Se você costuma ir ao cinema e tem gastado muito com estacionamento, compra dos ingressos, comida, bebida, entre outros, experimente trocar esse tipo de diversão pela assinatura de um serviço de streaming como o Netflix. Sai bem mais barato e a qualidade é excelente. Você pode chamar os amigos para assistir em casa, como boa parte das pessoas têm feito.

Da mesma forma, se você gasta com idas a restaurantes caros, esse tipo de atividade pode ser trocado por eventos em casa, sem que os gastos saiam do controle. São dicas simples, mas, se você conseguir colocar em prática, podem transformar a sua realidade financeira, evitando prejuízos em investimentos mais necessários como os que envolvem educação e saúde.

Além disso, você pode participar de programas de fidelidade para ganhar pontos a cada real gasto. Assim, com o acúmulo de pontos você pode resgatar produtos e serviços que sairão de graça. Concentre seus gastos do dia a dia em empresas parceiras do seu programa e pesquise sobre benefícios como o pagamento de contas e reabastecimento em postos de combustíveis.

Se ainda assim, a economia feita não for o suficiente para você sair do aluguel, é hora de procurar uma fonte de renda extra. Em tempos em que a economia partilhada tem se tornado cada vez mais popular no país, essa pode ser a oportunidade ideal para você. Hoje, já é possível trabalhar como motorista de Uber, cozinhar para turistas, cuidar de animais e fazer uma série de atividades para ganhar dinheiro.

Que dicas devo seguir para sair do aluguel?

Neste tópico, organizamos as principais dicas que você deve levar em consideração para sair do aluguel. Confira!

Repense seus gastos

Antes de tudo, comece mudando a sua maneira de ver as coisas. É hora de pensar como alguém que sabe aonde quer chegar. Deixe de jogar dinheiro fora a cada mês, fazendo com que o locador enriqueça às suas custas. Procure fazer com que cada real conquistado com seu esforço seja revertido para você mesmo. Sendo assim, tenha uma estratégia para conquistar a casa própria.

O ideal é se organizar financeiramente para que, com o seu próprio salário, haja espaço para um novo investimento. Procure garantir 30% de espaço no seu orçamento somente repensando a sua maneira de lidar com o seu dinheiro. Considere também alternativas para obter renda extra como trabalhando com aplicativos como o Uber e o 99 Pop.

Considere possibilidades de financiamento

Além disso, é fundamental considerar as oportunidades que os bancos e o governo oferecem com programas de financiamento. Não deixe de considerar sua participação no Minha Casa Minha Vida, buscando encontrar a categoria que mais tem a ver com o seu perfil e suas necessidades.

Invista em um imóvel compatível com sua realidade financeira

É fundamental também que você saiba escolher o imóvel que caiba no seu bolso, mesmo que futuramente você tenha a pretensão de progredir. Nesse caso, lembre-se de que a compra do imóvel próprio representa acima de tudo um investimento. E o que é melhor: se você fizer uma boa escolha, a tendência é que, com o tempo, ela se valorize, representando um bom retorno financeiro.

Tome precauções antes de fechar negócio

Outra dica importante é se preparar para os trâmites que costumam fazer parte do processo. Conte com um profissional para prestar o auxílio necessário e procure empresas sérias para fazer negócio. Isso protege você de entrar em uma aventura decepcionante. Geralmente, você possui três opções:

  • comprar diretamente com a construtora;
  • obter um financiamento com a instituição financeira;
  • negociar diretamente com o dono do imóvel ou o representante dele.

Procure se certificar de que quem oferece a venda é uma pessoa séria e tem credibilidade (principalmente em relação a construtoras e na negociação direta com o dono).

Conclusão

Para sair do aluguel, o ideal é que você crie um planejamento para comprar apartamento ou casa e tenha muita disciplina para respeitá-lo. Se você se organizar financeiramente e fizer uso das oportunidades que se apresentam, sair do aluguel pode ser uma tarefa muito menos difícil do que você imagina.

Não deixe de estar sempre atento também a ofertas e promoções que as construtoras oferecem. Elas podem fazer com que um gasto planejado seja amenizado e garantir a você uma economia maior. Por isso, não perca tempo. Dê agora mesmo o seu primeiro passo fazendo uma análise de sua realidade financeira, procurando rever seus gastos no dia a dia.

O mais importante é você entender que nada pode ser mais útil nessa sua empreitada do que ter uma vida financeira equilibrada. Isso trará benefícios não somente para ajudar você a comprar o seu imóvel, mas também para diferentes setores da sua vida e da sua família.

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