Investimento: 4 alternativas que rendem mais que a poupança
Não podemos negar que a poupança é o investimento preferido dos brasileiros. Afinal trata-se de uma modalidade com alta tradição e de maior conhecimento pelas pessoas. O problema é que o conhecimento limitado sobre outras alternativas as impedem de investir melhor e conseguir um retorno superior, mesmo sem correr riscos.
Talvez você não saiba, mas existem opções tão seguras quanto a poupança e que oferecem rendimentos maiores. O melhor de tudo é que você não precisa ter tanto dinheiro para investir. A partir de R$ 100 já é possível iniciar investimentos em outras modalidades de renda fixa. Essa preocupação é importante em épocas que a taxa Selic está baixa, já que ela influencia diretamente nos rendimentos da poupança.
Quando a inflação está alta, a taxa Selic sobe como medida utilizada pelo governo para frear a alta dos preços. Isso influencia na taxa referencial TR da poupança. Ou seja, quanto mais alta for a taxa Selic mais a poupança rende, ajudando a cobrir a inflação, mas quando a inflação é controlada, a taxa Selic volta a cair e os rendimentos acompanham, o que pode não ser suficiente para cobrir a inflação, mesmo baixa.
Por isso, o ideal é diversificar os investimentos e migrar o patrimônio líquido para outras operações tão seguras quanto a poupança, mas que rendem mais. Ainda não conhece as opções? Descubra a partir de agora outras 4 alternativas que pode adotar para investir com segurança e ter um rendimento melhor!
1. Tesouro Direto
O Tesouro Direto é uma modalidade de investimento com característica conservadora por se tratar de renda fixa. Basicamente, são título emitidos pelo Governo Federal para financiar os investimentos em infraestrutura e custear as despesas operacionais. Sempre que você investe em Tesouro Direto está investindo no país, financiando o seu crescimento.
Com relação à segurança, assim como na poupança, montantes de até R$ 250 mil estão assegurados pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) por CPF (Cadastro de Pessoa Física) em casos de falência. Mas os riscos são quase nulos, uma vez que o país precisaria sofrer uma crise econômica muito grave ou travar uma guerra de longa data para isso acontecer. Mesmo assim, o recomendável é diversificar e nunca ultrapassar R$ 250 mil por instituição.
O Tesouro Direto se subdivide em outras modalidades, como as prefixadas (com taxas acordadas no início), indexadas ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indexados ao IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) e indexadas a taxa Selic. Para quem está começando, o recomendável é a modalidade de Tesouro Selic, pois os rendimentos mensais são sempre positivos e superiores à poupança.
No Tesouro Selic, a mecânica também é mais simples e acaba funcionando como a poupança. Você pode depositar o valor que quiser, quando desejar e acompanhar os rendimentos diariamente, já que ele entrega uma liquidação diária.
O saque pode ser feito a qualquer momento, mas é importante que planeje uma reserva na poupança antes para investir no médio e longo prazo. Se sacar com um mês após a aplicação, por exemplo, o rendimento sofrerá um abatimento alto, como uma taxa de IR (Imposto de Renda) na casa dos 22,5%. Como a tabela de desconto é progressiva, se o capital ficar investido por mais de 720 dias (24 meses) a taxa cai para 15%, compensando muito mais.
Para ter acesso ao Tesouro Direto é preciso abrir uma conta na corretora ou fazer diretamente pelo seu banco. Se preferir, pode programar aplicações automáticas mensais debitadas diretamente da sua conta e acumular um montante suficiente para viver de juros no futuro, o que seria uma boa alternativa à aposentadoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Mesmo com o desconto de IR, a rentabilidade é bem superior à poupança, o que pode, além de corrigir a inflação, oferecer um juros a mais para acúmulo, o que proporcionará um crescimento exponencial para o montante.
2. Certificado de Depósito Bancário (CDB)
No CDB, as características são bem parecidas com o Tesouro Direto. A diferença é que são títulos emitidos por empresas privadas com a finalidade de captação de recursos para o financiamento de seus próprios crescimentos. Também funciona de um modo diferente. Geralmente, você precisa aplicar um valor fixo mediante taxa de juros acordada anteriormente, como um contrato. Os prazos de vencimento são fixos e você resgata o montante capitalizado no final.
O risco desse investimento está atrelado a possibilidade de a empresa não conseguir honrar com seus pagamentos e falir. Por outro lado, o seu capital conta com a proteção do FGC, o que torna imprescindível não investir mais que R$ 250 mil por empresa. Para investir, também precisará abrir uma conta na corretora de valores ou falar com o gerente da sua agência bancária. Se precisar sacar antes do vencimento, terá a mesma incidência de IR que o Tesouro Direto.
3. Letras de Câmbio (LCs)
No caso das LC’s, são títulos emitidos por bancos para financiar certos segmentos da economia. Atualmente existem dois lastros para a LC: LCI (Letra de Câmbio Imobiliária) e LCA (Letra de Câmbio do Agronegócio). Nessa modalidade de investimento não há desconto do imposto de renda, mas os rendimentos, mesmo sendo superiores à poupança, costumam ser um pouco menores que o Tesouro Direto e CDB.
O investimento é acessível pelos bancos, mas as corretoras são melhores nesse caso, pois reúnem títulos de diversos bancos em uma mesma página, facilitando a escolha dos mais rentáveis. O risco está atrelado a “quebra” do banco, mas o capital tem proteção do FGC de até R$ 250 mil por instituição. Nessa modalidade, também não é permitido movimentar o valor investido até o seu vencimento.
4. Fundos de investimento
Os fundos de investimentos são gerenciados por profissionais independentes ou atrelados a outras instituições financeiras, como bancos e corretoras de valores, com experiência no mercado financeiro e autorização para a função. Geralmente, os gestores administram investimentos em vários tipos de papéis diferentes e tentam alcançar uma meta de rendimentos mensais estipuladas anteriormente.
Nessa modalidade você investe comprando cotas do fundo (partes de vários investimentos diferentes), o que é bom para a diversificação. O único cuidado aqui é que o capital não conta com a proteção FGC e, se o fundo falir, o prejuízo pode ser grande. Mesmo assim, os rendimentos são bem atrativos e possuem liquidez diária.
O ideal é que comece investindo em fundos de renda fixa para ter ganhos mais consistentes e maior segurança. Com relação aos custos, você paga uma taxa de administração do fundo e, em alguns fundos, taxa de performance, caso a meta seja alcançada. O IR é descontado na fonte e o percentual varia conforme o tempo de aplicação, sendo 22,5% para prazos menores que 180 dias e 15% para maiores que 720 dias.
Como pode ver, existem investimentos bem mais atrativos que a poupança que também são seguros. Se você planeja fazer uma viagem, se formar no exterior, comprar um carro, ter uma aposentadoria tranquila ou realizar o sonho da casa própria, essas alternativas vão ajudar você a alcançar os objetivos mais rapidamente.
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